quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Do Mato Grosso ao Maranhão

Conselho inútil: "Nunca saia pra viajar em véspera de feriado ou de fim de semana."
Esta historia que vou contar aconteceu em Abril de 2012. Início no dia 05/04/2012.
Os condutores

Saímos de Chapada dos Guimarães- MT em quatro caminhonetes, rebocando 4 lanchas, (imagina o tamanho do comboio).
Bom, pra começar a viagem resolvemos sair bem cedo e aproveitar o máximo o dia, pois decidimos não viajar a noite.


Como tudo começou:

O Comboio
Quando decidimos a viagem imaginamos que poderíamos contar com meu irmão Ivan pra dirigir uma das caminhonetes, e então  viríamos, meu marido, meus filhos meu pai (que foi junto pra dar uma força) e eu em uma e as demais seriam dirigidas pelo @Márcio Reis, o @Eric Encinas e o Ivan, meu irmão. Mas quando foi chegando o dia da viagem saiu a resposta de emprego que meu irmão tinha feito e ele foi contratado. Ficamos nós com três motoristas e quatro caminhonetes pra viajar do Mato Grosso ao Maranhão, imagina que teve que trazer a quarta caminhonete??, Euzinha, e ainda rebocando uma lancha. Bom sou corajosa e destemida, mas confesso que até pra mim foi uma experiência ímpar.

No começo tudo perfeito, conseguimos fazer os primeiros 500 km sem maiores percalços, mas daí a carretinha que meu marido puxava deu problema em uma roda (detalhe, saímos pra bendita viagem numa Quinta Feira - véspera de Semana Santa). Neste ponto da viagem já estávamos em Aragarças - GO, divisa de Mato Grosso com Goiás.

Almoçamos e ficamos aguardando o conserto, meu marido conseguiu um mecânico super  trabalhador e a fim de ganhar dinheiro que fez de tudo pra conseguir as peças e resolver tudo, mas... como era de se esperar não ficou pronto na 5ª Feria e tivemos que ficar o feriado parados em um pousada esperando o Bendito Sábado chegar pra comprar o que faltava e assim prosseguir com o conserto. Bom viagem cancelada a galera partiu pra cervejinha pra relaxar. Enfim, conseguimos dar continuidade à nosso odisseia, mas mal rodamos 150 km e simplesmente uma das rodas da carreta que eu rebocava saiu rodando pra fora do carro e caiu no meio do mato, graças a Deus sem acertar ninguém dos que vinha a trás. Desta vez estávamos um pouco distante de cidades, de modo que nos dividimos, e ficamos cuidando dos carros enquanto os outros iam buscar socorro.

Depois de consertar o meu reboque, meu marido resolveu fazer uma geral em todos, pois ainda não tínhamos feito nem um terço da viagem e já tínhamos tido duas paradas forçadas.
Acabamos o conserto geral já muito tarde no sábado e fomos procurar um local de pouso onde fosse seguro deixar os veículos.

Domingo de manhã, ainda no Estado de Goias...

A cada espaço de tempo parávamos pra ver se estava tudo bem com todos.

Saímos cedo pra estrada, rodamos até umas 3 horas da tarde sem problemas, mas aconteceu que a peça que segura a lancha na parte da frente do meu reboque, teve que quebrar, nos forçando a nova parada a busca de um soldador. Dormimos de novo, já era a 4ª noite na estrada (com um idoso, uma criança de 8 anos e uma de 2,5 a bordo, e como eu estava dirigindo sozinha uma caminhonete, meu marido estava com as crianças e meu pai na outra. As crianças o estavam deixando louco, pois ele não tem muito controle sobre elas).

2ª Feira, todos loucos pra chegar, saímos de novo ainda estávamos no Estado de Goiás, agora nada mais poderia dar errado imaginávamos. Tudo tranquilo, entramos em Tocantins, rodamos  até umas 3 da tarde sem problemas, mas... chegando próximo a Araguaína ...
A caminhonete que o Márcio estava dirigindo deu problema na embreagem..., todos novamente parados, oficina, correria pra conseguir fazer o pessoal da oficina trabalhar até mais tarde e nos liberar, hotel  novamente.
Novo dia, nova energia, todos animados, vamos pra estrada. Daí em diante não tivemos mais quebradeiras, mas já estávamos todos esgotados emocional e fisicamente, então o rítimo da viagem não estava indo como gostaríamos. Acabamos dormindo mais uma noite na estrada, saímos novamente cedo, já dentro do Maranhão. Nosso destino  a cidade de Barreirinhas que fica 260 km de São Luis,  no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
O Márcio, já fazia um mês que estava fora de casa (ele é de Barreirinhas) e não via a hora de chegar, então decidiram rodar um pouco a noite e mandaram vir outra pessoa ao nosso encontro pra levar minha caminhonete.  A partir do trecho que sai da BR que vai a São Luis o outro motorista assumiu meu carro e pude ir pra caminhonete de meu marido e filhos dormir um pouco, isso já eram umas 10:00 horas da noite.
Chegamos em Barreirinhas as 02:00 horas da madrugada do dia 11 de Abril de 2012, não tinha restaurante aberto, todos mortos de fome, conseguimos encontrar um Hot Dog aberto pra tomarmos um lanche e uma cervejinha pra brindar o sucesso de nossa empreitada. 



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